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Notas à Margem

Notas à Margem

13
Fev25

Notas à margem 2025 - 2

zé onofre

               2

 

025/02/13

 

Dizem,

Os crentes de todas as religiões,

As chamadas do Livro,

Que Deus é

Misericórdia,

Bondade,

Beleza,

Doçura,

Fidelidade,

… … …

Amor.

 

Segundo o tal Livro

Deus,

Ao sexto dia disse

Façamos o homem à nossa imagem e semelhança,

E assim se fez.

 

Ora,

Olhando a humanidade que somos,

Lendo a definição

Que de Deus nos dão,

Muito se poderá concluir.

 

Como não quero contradizer

Crentes e teólogos

Vou apenas dizer que,

Quando Deus fez o Homem

Deveria estar numa feira  

E nos moldou

Conforme a imagem das distorções.

   Zé Onofre

04
Fev25

Relevantar Spartakus - 80 - canção XXXIII

zé onofre

80, Canção XXXII

 

025/02/03

 

Ei, ó jovem, não estás só.

Olh’em volta, somos teus irmãos.

Vem lutar, de ti não tenhas mais dó,

Ganha coragem, dá-nos as mãos.

 

Ó jovem, a solidão

É uma maneira de fugir

À procura de um mundo irmão,

Vem n esta rusga deixa-te ir

 

Apenas em união,

Ganharemos gás

Para retomar a revolução

Construir um futuro de paz.

 

Não serás só mais

Um na luta contra a exploração.

Não tenhas medo que não cais,

Não te abandonaremos, não

 

Agora, que sabes não estar só,

Caminharemos de mão na mão

De quem nos mata não haverá dó

Esta é a decisão.

 

É a hora, é.

Não pares a vitória está lá,

E lá chegaremos em pé

Que é ali já.

 

Não procures fora, a força está

Em ti, em ti, em ti, em ti.

Crê qu’em ti ela está.

Acredita, nunca te menti.

 

Tens de confiar em nós.

Juntos seremos invencíveis

 

 

Vencê-los-emos unidos, nunca sós.

Enche o peito seremos invencíveis.

 

Tem fé, unidos seremos invencíveis

Tem fé, unidos seremos invencíveis

Tem fé, unidos seremos invencíveis

Tem fé, unidos seremos invencíveis.

    Zé Onofre

02
Fev25

A propósito de ... 360

zé onofre

B360 ----- 351

 A propósito de … - Vaga Maresia, Mafalda Carmona, 17 JAN25, em https://cotoviaecompanhia.blogs.sapo.pt/ Foto no blog

O24/01/21

 

Todos somos abandonados,

Deixados sós,

Na beira da estrada,

À beira-rio,

No areal junto ao mar,

Frente ao precipício,

Na margem da vida.

 

Foi um sonho

Que tanto prometia

E ao primeiro raio da aurora

Lá foi

No primeiro raio de sol.

 

Foi uma fantasia

Tida ao cair da infância,

Quando tudo é possível

E a vida sorri,

Tombada na primeira valeta,

Onde outras fantasias jazem,

Ao alvorecer da nova idade…

 

Que pessoa nunca foi abandonada

Por pares,

Que pareciam caminhar connosco

E apenas iam a nosso lado,

Tantas vezes ficamos abandonados.

 Outras tantas retomamos o caminhar,

Com novos sonhos,

Novas fantasias,

Novos amigos,

Num ir sem fim

Sempre em frente

À espera de um novo alvorecer.

    Zé Onofre

30
Jan25

A propósito de ... 359

zé onofre

                  359   

025/01/21

A propósito de Almas gémeas, S Cunha, 21 JAN25, em https://cunhasemcunhas.blogs.sapo.pt/ .  

 

Um banco numa praça.

Duas pessoas sem tempo,

Sentadas lado a lado,

Vindas do passado, do futuro,

Ou num presente parado?

 

Conhecidos de longos anos,

Ou fortuitamente ali encontrados,

Parecem conversar,

Calmamente, pela postura,

Embora não se perceba o tom das vozes,

Que lhes saem dos lábios quedos.

 

De que falarão?

 

Dos tempos que já foram,

Saudosamente lembrados?

Dos tempos presentes,

Unanimemente calmos, turbulentos,

Ou serenamente contraditado?

 

Projectarão, eles,

Futuros,

Reflexos do passado,

Continuação do agora,

Ou novos futuros

Iguais ou distintos?

 

Apenas sabemos

Que estão ali.

  Zé Onofre

29
Jan25

Sobre ... 15

zé onofre

 

       15 – Sobre ….

 

025/01/28

 

Holocausto

 

Na sequência da 2ª Guerra Mundial os Europeus (residentes na Europa, ou nos continentes para onde emigraram, colonizaram, ocuparam e criaram comunidades de origem europeia), quase todos Cristãos, de todas as Igrejas cristãs, carregados de culpa criaram um Estado para instalarem os professantes do Judaísmo, para se verem livres do chamado problema Judaico na Europa. Não só não se livraram do problema, como criaram outro na Palestina.

Antes de continuar convém escrever um pouco de história.

Iniciou-se com Constantino que através do édito de Milão (313) determina a neutralidade do Império em relação ao credo religioso e determina o fim das perseguições aos cristãos. Em 321 Constantino para agradar aos cristãos decreta o Domingo como dia de repouso. Finalmente com Teodósio I, 395, o Cristianismo passa a única religião legal do Império.

A perseguição aos praticantes do Judaísmo, e de outras religiões, começou com a aproximação dos Imperadores Romanos ao Cristianismo e, conforme este se ia instalando nos limites do Império, pior se tornava a vida dos praticantes de outras religiões. Com a expansão do Cristianismo, ser Romano era ser-se cristão, quem o não fosse estava sujeito a perseguições.

Aconteceu, então, que os perseguidores de ontem (que segundo dizem eram lançados aos leões nos circos, acusados de envenenar as fontes, que praticavam canibalismo «comendo» o seu próprio “deus”, de terem sido acusados de incendiarem Roma) se tornaram os carrascos de hoje, perseguindo quem não fosse Cristão, entre os quais sobressaiam os praticantes do Judaísmo, no seio do local havia nascido a religião Cristã, agora dominante no Império.

Como constatamos os velhos perseguidos esqueceram os martírios porque passaram para passar a infligi-los a outros.

A hostilização aos Homens de Religião, como dizia o Pe. António Vieira, aumentou e exacerbou-se durante a Idade Média de quer uma das manchas mais negras foi protagonizada pelos Reis Ibéricos – Fernando e Isabel, em 1492, e Manuel I, em 1496 – que enunciaram a tese - um reino, um povo, uma religião – forçando os praticantes do Judaísmo e do Islamismo a converterem-se ao Cristianismo, ou à expulsão com perda de todos os bens.

Esta mancha negra dos Cristãos Europeus e seus descendentes noutros continentes atingiu o clímax no Holocausto feito pelos Nazis alemães e os seus muitos aliados noutras nações.

É preciso não esquecer o Holocausto e, quanto a mim, não é reconhecendo as nossas culpas, ou desabafar como Bento XVI – “Onde é que Tu estavas?”

Não esquecer o Holocausto é olhar, com olhos de ver, o mundo e identificar onde Ele continua a acontecer todos os dias desde o momento em que os campos de morte Nazi foram abertos e deixaram passar pelos seus portões uma humanidade Humilhada e degradada.

Continua a acontecer por diferenças religiosas, ideológicas, étnicas, culturais ou por qualquer tentativa de pôr em causa o domínio de quem detém o Poder económico, político e militar.

Todavia a maioria dos que dizem «É preciso não esquecer» são os mesmos que apoiam perseguições, genocídios, mortes inúteis, lançando armas cada vez mais sofisticadas para Guerras que envergonham a Humanidade. São os mesmos que vendo vizinhos desavindos e prestes a entrar em conflito, não se colocam entre os dois para os deter, mas tomaram partido por um deles e os abastecem  de armas de todo o tipo e feitio.

São esses que tentam cortar na saúde, nas reformas, na educação, nos direitos sociais dos seus concidadãos para se armarem até aos dentes e aumentarem os actuais holocaustos.

São os mesmos que olham para a Palestina, veem o massacre de milhares de pessoas, em que talvez mais de um terço sejam crianças, a destruição de hospitais e escolas, aldeias e cidades ataques a campos de refugiados e continuam a apoiar o Estado facínora e a vender-lhe armas para que a sua sanha destruidora não esmoreça.

O mais caricato é que estes assassinos são descendentes, parentes ou irmãos na Fé, ou assim se dizem; daquele milhões de seres humanos que foram levados com bois para os matadouros dos campos da morte Nazis.

Aqui faço um parêntesis para homenagear aqueles, e os filhos daqueles, que nos pedem para não esquecermos, e, ao mesmo tempo manifestam o seu apoio aos Palestinos*. A minha vénia a esses.

Agora falemos dos outros, dos seguidores de David Ben-Gurion e do seu Sionismo que prevê um Grande Israel do Eufrates ao Mar Vermelho, com um só Povo e uma só Religião.

Os perseguidos de ontem, são os exterminadores de hoje.

E são esses e os seus apoiantes que nos dizem para não esquecer, quando eles já se esqueceram.

                                                        *

       Zé Onofre

 

28
Jan25

Das Eras Parte VII - 6

zé onofre

              6

 

024/01/28

 

Mark Rutte, secretário-geral da NATO: “Quando se observa o que os países gastam em pensões, no sistema de segurança social e na saúde, basta uma fração desse gasto para garantir que o orçamento de defesa atinja um nível que sustente os nossos retornos a longo prazo”.

Paz (dicionário ilustrado da Língua Portuguesa, Fernandes, Fernando. - Círculo de Leitores, Lisboa, 1984. Pág.1356, vol. III) s. f. Situação de um país que não está em guerra; cessação das hostilidades; tranquilidade pública; serenidade; sossego; descanso; silêncio.

Paz (Dicionário, etimológico, da Língua Portuguesa, Machado, José Pedro. - 2ª edição. - Livros Horizonte, Lisboa, 1967, pág.1778, vol. III) s. Do lat. pace-, «paz (depois da guerra).

Paz (Grande dicionário HOUAISS da Língua Portuguesa, Houaiss, Antônio, 1ª edição. - Círculo de Leitores, Lisboa, 2015. Pág. 2948, vol. V). s.f. Relação entre pessoas, nações etc que não estão em conflito; concórdia.

Paz (Grande dicionário da Língua Portuguesa, Machado, José Pedro. - Sociedade da Língua Portuguesa, Lisboa, 1991. Pág.603, Vol. IV) – União, concórdia, amizade.

 

As palavras,

Como são incertas,

As palavras.

Quem as vê perfiladas nos dicionários

Sérias,

Hirtas,

Sem sorrisos, nem choros,

Sem mágoas, nem tristezas,

Neutras, monocórdicas

Até acreditamos nelas.

 

«Mas»,

(Dizem que há sempre um)

A confusão começa

Quando sacadas do seu habitat natural,

Os dicionários,

Onde descansam das torcedelas

Que quem as usa lhes dá.

Para que sirvam interesses,

Os mais obtusos.

 

Há, porém, uma

(não é que não haja mais)

Que deveria ser sagrada,

De sentido monolítico,

Que não deveria ser moldada,

E essa é Paz.

 

Essa uma,

É tratada como uma vadia,

Prostituída

Nas esquinas da cidade

Onde habitam

Os Senhores deste Mundo.

 

Das varandas do Vaticano,

Um homem de branco vestido

Olha a multidão a seus pés

E pede ao seu “Infinito”

Paz

 

Lá, no outro lado junto ao Atlântico,

Num edifício de uma cidade,

Um homem impotente,

Invoca, do alto da sua fragilidade,

Paz para o Mundo.

 

Em vários locais deste planeta,

Da mais remota ilha

Aos continentes,

Do mais desconhecido lugarejo

À maior e mais poderosa Metrópole,

Pessoas reunidas

Em assembleias,

Congressos,

Seminários

Terminam lendo um papelote luxuoso

Onde clamam Paz.

 

A gente

Para, escuta e ouve

O que nesta nossa cansada Terra

Se ouve mais alto.

Não é o vagido de um bebé,

Não é o rolar de dois corpos que se amam,

Não são os beijos dos namorados,

Não é o beijo terno dos pais aos filhos,

Não é o zumbir de uma abelha,

Não é o cantar dorido do rouxinol,

Não é a aragem fresca da manhã,

Não é o bater das ondas nas rochas,

Não é o som dos vendavais,

Não é o estrondo dos trovões,

Não é o roncar dos vulcões,

O que mais alto soa,

Continuamente sem intervalo,

É o som da metralha,

A voz da morte.

 

A gente

Para, olha e vê

O que nesta nossa cansada Terra

Brilha mais forte.

Não é a luz dos pirilampos,

Não é a luz da lamparina,

Não é a luz da rua,

Não é a luz que ilumina a estátua da Paz,

Não é a luz que varre o chão das prisões,

Não é a luz de um farol,

Não é a luz do relâmpago em noite de tempestade,

É a luz da morte, que a metralha produz,

Que ilumina riachos de sangue,

Que regam desertos, campos e montes.

 

Por detrás dessa tempestade,

De sons e luzes

Que a morte espalha,

Estão as mesmas pessoas

Que em assembleias,

Congressos,

Seminários,

Apelavam, Paz.

 

Interrogamo-nos.

Onde essa Paz que não vem?

Ou será que veio

E não a reconhecemos como Paz?

Será que a Paz daquelas figuronas

Reunidas em assembleias,

Congressos e seminários

Que no fim clamam Paz.

É a paz

Como se diz nos dicionários

“País que não está em guerra”,

“Paz (depois da guerra)”,

“Concórdia”,

“União”.

 

Paz,

Um estado de compreensão,

De humanidade igual

De partilha,

De respeito,

Na saúde e na doença,

Até à morte natural.

Esta á a Paz dos pequeninos

Que nunca saíram,

Ou não quiseram sair,

Do estado pueril da inocência.

 

A outra Paz,

Que se faz preparando a Guerra,

Sacrificando a saúde e a segurança social,

É a Paz dos Imperialistas Capitalistas.

Paz, para eles,

É o estado em que eles ditam as regras,

Decidem como se devem organizar os Estados.

 

O problema é que entre os Imperialistas,

Embora o objectivo seja o mesmo,

É que ambos querem ser os Imperadores,

E dizem-se uns aos outros,

Com facas nos dentes,

O império, sou eu.

 

Coitados dos Povos

Que por azar

Se encontram no caminho  

Dos imperialistas,

Ambiciosos de serem Senhores do Mundo.

 

Coitados dos que no meio desta sanha guerreira,

Que faz chover sangue e corpos,

Por montes e vales,

Planícies e desertos,

Rios, lagoas e areais,

Ousam manter a luz acesa

Enviar canções de esperança

No vento que passa.

Que é possível viver

Sem esta maldita desgraça.

Estes são os piores inimigos,

Maldita gente de ruim raça,

Inimigos da Civilização,

Serão para sempre amaldiçoados,

Não terão refúgio, nem quartel,

Todos serão crucificados.

   Zé Onofre

27
Jan25

Das Eras Parte VI - 5

zé onofre

              5

 

025/01/25

  

António Mendonça. "Discurso sobre bem-estar, clima, equidade social, é um bocado lírico", "se queremos paz, temos de nos preparar para a guerra"

 

Para o Capitalismo, Paz

É uma palavra mui banal,

Que apenas sentido lhe faz

Se em defesa do Capital.

 

Para o Capitalismo, Paz

Não é viver-se independente,

Livre de ir onde nos apraz,

É ser-se do Capital servente.

 

A Paz é uma palavra vã,

Diz o Capitalismo, se quer

Cada um marcar seu amanhã

E rejeitar o que eu lhe der.

 

Paz, um tempo fugaz que consiste,

Diz o Capitalismo, no poder

Que tenho de julgar quem resiste

Como inimigo a abater.

 

Como tudo que se faz na Terra

Precisa de uma explicação,

“Se queres paz, prepara a guerra”,

Repete sempre até mais não.

 

Esta Paz do Imperialismo,

Não é uma Paz Universal,

É apenas um maquinismo

P´ra ter no poder o Capital.

 

 “Se queres a paz, prepara a guerra” 

Repete o Capital insistente,

Não para que haja Paz na Terra

Antes um conflito permanente.

 Zé Onofre

21
Jan25

A propósito de ... 358

zé onofre

                     358 

 

A propósito de - Liberdade. -  MJP, 17 JAN 25 em https://liberdadeaos42.blogs.sapo.pt/

 

025/01/17

 

Liberdade é …

Uma ave pousada,

Sob um céu cinzento

Com pequenos remendos azuis,

Penas eriçadas,

Talvez por um vento gélido

De primavera a começar,

De olhar impassível,

Um horizonte que alcançará

De um voo só.

 

Liberdade é …

A ave ir,

Ou ficar.

Apenas ela o decidirá,

Que nada a impede de ir,

Ou de estar.

Apenas a sua vontade

Do momento

A fará tomar as asas do vento.

 

A liberdade é …

Aquela ave ali,

Somente pousada,

Naquela rede-grade

Em que nada a retém,

Nada a detém.

Tal e qual as suas irmãs

Que, perto, por ali andarão

Em voos livres,

Ou descansam noutros pousos serenos.

Serem livres de voar,

De estar,

Saberem que a mãe natureza

Não tem filhos e enteados

E por ninguém é possuída

Que é de todos a sua riqueza,

Não é monopólio de alguém.

 

Se nós,

Pobre humanidade agrilhoada

Entre as teias do possuir

E da ambição de mais ter,

Fôssemos como as aves abençoadas

Apenas com a alegria do Ser.

   Zé Onofre

20
Jan25

Relevantar Spartakus - 79, canção XXXI

zé onofre

            79, Canção XXXI             

 

025/01/19

 

Nossa vida difícil de viver,

Nossa história escrita com suor

Sangue e trabalho doloroso

Árduo e duro.

Nessa viagem p’ra lá da dor

À procura dum viver puro.

 

Nossa vontade, nossa luta, nosso farol,

Nosso barco forte, robusto,

Nossa caminhada, trilho aberto ao futuro,

Nossa voz que a todos conclama

Que derrubemos este muro.

 

Por um futuro novo lutamos,

Por um novo Mundo livre nos esforçamos,

Por uma vida nova corremos,

Revolução a caminho contra o Capital.

Nossa salvação, visão da Liberdade,

Nossa resolução fazer um Mundo igual.

Nossa vida digna de se viver

Com a vontade e armas que temos nas mãos.

 

Agor’e sempre

Contr’à selvagem exploração.

Est’ ideal em nós vivente,

Pôr final aos exploradores.

Fiéis camaradas

Assim continuamos a luta

Persistente ‘té à libertação total. 

    Zé Onofre

18
Jan25

A propósito de ... 357

zé onofre

                  357 

 

025/01/14

 

A propósito de – Não Faz Mal – Sandra, 12.01.25 em https://cronicassilabasasolta.blogs.sapo.pt/

 

Grande noite.

Astros semeados

no firmamento profundo,

no seu rodopiar eterno desde o seu início,

segundo se pensa num nano-micro ponto único,

vagueando pelo vazio infinito

criam sonhos e mistérios.

*

Somos um desses mistérios,

mini cosmos,

microscópicos,

na infinitude que não abarcamos

a tentar a perceber

os segredos que no infinito se tecem.

*

Tentamos perceber,

com as nossas certezas dúbias,

as mensagens que os astros,

no se eterno nascer, morrer, renascer,

transmitem nos ventos estelares.

*

Para complicar,

em vez de ficarmos quedos e mudos

a apreciar a grandeza que nos esmaga,

tentamos acrescentar,

aos cantos estelares,

as nossas pequenas dores,

sentimentos

e lamúrias.

*

Contudo, não o faremos em vão.

Num recanto perdido

há sempre um ser,

que astro não será,

que nos ouve e nos responde no eco.

    Zé Onofre

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