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Notas à Margem

Notas à Margem

11
Ago23

Histórias de A a Z para aprender a ler e escrever - Livro III- Eira

zé onofre

        EIRA

Passa a Inês
E o Ulisses
O Olavo também
Tudo vai
Numa cantoria
Para a eira do pombal.

Olha, a Ana
Vem além
A Eva chega dali!
Tudo vai
Numa cantoria
Para a eira do pombal.

A Aida
Mais o Aurélio
E o Eurico também
Tudo vai
Numa cantoria
Para a eira do pombal.

Mas porquê?
Por que é
Que tudo vai
Numa grande cantoria
Para a eira do pombal?

É hoje
O grande dia
Da desfolhada anual.
Por isso tudo vai
Numa grande cantoria
Para a eira do pombal.

Zé Onofre

A EIRA.jpg

07
Ago23

Comentários longos 9 (2ª edição)

zé onofre

Comentários longos 9 (2ª edição)

zé onofre

               9

 023/08/06

Sobre o pacto Germano-Soviético – duas visões

1- d’oliveira em, https://incursoes.blogs.sapo.pt/, em 2-08-23

  "E convirá ainda lembrar que estas duas ignominiosas ideologias antes de se combaterem, se aliaram para dividir a Polónia e para permitir através de um pacto infame, a invasão da Europa e o prosseguimento da guerra a ocidente. Depois guerrearam-se, é verdade, É que não cabem dois tiranos na mesma sala, na mesma cidade no mesmo continente, sequer no mesmo mundo"

2 – Zé Onofre, Comentário  

«Sempre que a União Soviética propunha uma acção internacional para que fosse detida a agressão, ou uma conferência a nível internacional, como aconteceu depois do Anschluss e após a anexação final da Checoslováquia, os britânicos ignoraram-na simplesmente. […] Entretanto a relutância, para não dizer recusa, do Governo britânico em fazer uma aliança com a Rússia tonara-se manifesta. Depois da ocupação de Praga pelos alemães, a proposta soviética em Bucareste foi rejeitada, e a garantia britânica dada à Polónia não previa nenhuma aproximação posterior com o Governo Soviético. […] Já por essa altura o Governo soviético, como disse mais tarde Estaline a Churchill, estava convencido que um mero alinhamento diplomático entre a Inglaterra, a França e a Rússia não seria suficiente para conter Hitler. Este acordo precisava de força. Mais tarde, nos princípios de 1939, Shulemburg […] que era necessário «um esforço considerável […] a fim de obrigar o Governo soviético a ceder»
Em páginas 352,353 de – A formação da Rússia Moderna – por Lionel

Tenho cá em casa uma boa dúzia de Histórias da URSS e

1962

1 – d’oliveira resposta ao comentário de Zé Onofre

Tenho cá em casa uma boa dúzia de Histórias da URSS e se o que acaba de dizer tem claras verdades também é bom lembrar que tudo isso foi reduzido a zero com o pacto infame, com a divisão da Polónia, com os imensos fornecimentos de aço, petróleo, alimentos e outra matérias-primas que a URSS enviou para a Alemanha.
É curioso referir que no próprio dia da invasão ainda passou um enorme comboio de fornecimentos soviéticos para o futuro (ali a horas) agressor. E já que está interessado no tema recordo-lhe que depois da invasão foram os americanos e os ingleses quem nos primeiros tempos forneceu, veículos, tanques, armas e tido o género de munições à URSS. Nem todos os historiadores insistem neste ponto...

2 – Zé Onofre, nova resposta a d’oliveira

A questão não é o tratado germano-soviético.
A questão é quem sempre empurrou a Rússia Soviética para os braços da Alemanha.
A seguir à revolução quem fez a paz com os bolcheviques?
Quem recusou uma união forte, dentro da Liga das Nações, contra a Alemanha?
Nada acontece por acaso.

[…] “Quanto ao governo burguês alemão, (pág. 343) embora odeie também os bolcheviques, foi obrigado, contra os seus próprios desejos, a fazer a paz com a Rússia Soviética. (Lenine, 1918). (Pág.344) […] A assinatura em Rapallo do tratado russo-germânico. O tratado anulava todas as reclamações mútuas; […] Convidava ambos os Governos a «cooperarem com o espírito de mútua compreensão». […] Lloyd Georges receou o desenvolvimento do que denominou «uma amizade terrível entre as duas “nações párias” da Europa. […] As Potências ocidentais, a partir do tratado, perderiam a possibilidade de controlar os acontecimentos na Europa Central e Oriental. […] E não havia dúvidas quanto ao facto de se formar uma frente capitalista unida contra a Rússia. (pág.345) […] Em 1924 […] o regime soviético foi reconhecido de jure (pág.346) […] Só os Estados Unidos dentre as grandes potências se recusaram a reconhecê-lo. […] Mas a Alemanha, conservando-se afastada das potências ocidentais, permitiu […] que o isolamento da Rússia não fosse total. […] Nos finais de 1927 começou a […] política de desarmamento imediato e total. […] Litvinov assinou uma série de pactos de não-agressão. (pág.347) […] Com a Letónia. Lituânia. Estónia, Turquia, […] com a Polónia e a França. Assinou também o pacto de 1928, o qual visava a abolição da guerra como instrumento político. (pág. 348). […] Foi Hitler e não Estaline quem levou à derrocada a política concertada em Rapallo […] com a assinatura do pacto germano-polaco de 1934. […] Em Setembro de 1934 associou-se à Liga das Nações, […] passaram a estar ao lado dos anjos bons. […] Em 1935 […] concluindo pactos de não-agressão, primeiro com a França e mais tarde com a Checoslováquia. […] Em 1934 […] estabelecidas relações diplomáticas formais com (pág.350) os Estados Unidos. […] A posterior subida ao Poder de governos tipo Frente Popular, em França e Espanha, e o reaparecimento geral do comunismo, tornou mais difícil a aproximação destes países com a União Soviética. (351) […] Sempre que a União Soviética propunha uma acção internacional para que fosse detida a agressão, ou uma conferência a nível internacional, como aconteceu depois do Anschluss e após a anexação final da Checoslováquia, os britânicos ignoraram-na simplesmente. […] Estaline receou a crise de Munique (SET.1938) e a política de pacificação dos britânicos, vendo em ambas as coisas uma maneira de encorajar Hitler e de este voltar os seus exércitos contra a Rússia. (pág.352) […] Entretanto a relutância, para não dizer recusa, do Governo britânico em fazer uma aliança com a Rússia tonara-se manifesta. Depois da ocupação de Praga pelos alemães, a proposta soviética em Bucareste foi rejeitada, e a garantia britânica dada à Polónia não previa nenhuma aproximação posterior com o Governo Soviético. […] Já por essa altura o Governo soviético, como disse mais tarde Estaline a Churchill, estava convencido que um mero alinhamento diplomático entre a Inglaterra, a França e a Rússia não seria suficiente para conter Hitler. Este acordo precisava de força. (pág.352) Mais tarde, nos princípios de 1939, Shulemburg […] que era necessário «um esforço considerável […] a fim de obrigar o Governo soviético a ceder» (pág.353) [...] A União Soviética não tinha muita confiança no seu aliado germânico […] Aumentou […] (com) a queda rápida da França. […] Esperara mesmo e baseara a sua política num demorado envolvimento dos alemães longe da fronteira russa, dando […] um lapso de tempo bastante grande para se preparar para a inevitável batalha. (pág.354)."
Em – A formação da Rússia Moderna – por Lionel Kchan, Editora Ulisseia, Lisboa, 1962

Certamente que depois de um tratado assinado, depois da recusa das potências Ocidentais, apenas restava à União Soviética juntar-se à Alemanha, e depois só restava cumpri-lo, sabendo que, mais cedo ou mais tarde, teria os exércitos de Hitler à perna.
O ocidente sempre fez um cerco à Rússia não começou em 1917. Já vem dos séculos anteriores.

Zé Onofre 

06
Ago23

Comentários longos 9

zé onofre

               9

 023/08/06

Sobre o pacto Germano-Soviético – duas visões

1- d’oliveira em, https://incursoes.blogs.sapo.pt/, em 2-08-23

  "E convirá ainda lembrar que estas duas ignominiosas ideologias antes de se combaterem, se aliaram para dividir a Polónia e para permitir através de um pacto infame, a invasão da Europa e o prosseguimento da guerra a ocidente. Depois guerrearam-se, é verdade, É que não cabem dois tiranos na mesma sala, na mesma cidade no mesmo continente, sequer no mesmo mundo"

2 – Zé Onofre, Comentário  

«Sempre que a União Soviética propunha uma acção internacional para que fosse detida a agressão, ou uma conferência a nível internacional, como aconteceu depois do Anschluss e após a anexação final da Checoslováquia, os britânicos ignoraram-na simplesmente. […] Entretanto a relutância, para não dizer recusa, do Governo britânico em fazer uma aliança com a Rússia tonara-se manifesta. Depois da ocupação de Praga pelos alemães, a proposta soviética em Bucareste foi rejeitada, e a garantia britânica dada à Polónia não previa nenhuma aproximação posterior com o Governo Soviético. […] Já por essa altura o Governo soviético, como disse mais tarde Estaline a Churchill, estava convencido que um mero alinhamento diplomático entre a Inglaterra, a França e a Rússia não seria suficiente para conter Hitler. Este acordo precisava de força. Mais tarde, nos princípios de 1939, Shulemburg […] que era necessário «um esforço considerável […] a fim de obrigar o Governo soviético a ceder»
Em páginas 352,353 de – A formação da Rússia Moderna – por Lionel

Tenho cá em casa uma boa dúzia de Histórias da URSS e

1962

1 – d’oliveira resposta ao comentário de Zé Onofre

Tenho cá em casa uma boa dúzia de Histórias da URSS e se o que acaba de dizer tem claras verdades também é bom lembrar que tudo isso foi reduzido a zero com o pacto infame, com a divisão da Polónia, com os imensos fornecimentos de aço, petróleo, alimentos e outra matérias-primas que a URSS enviou para a Alemanha.
É curioso referir que no próprio dia da invasão ainda passou um enorme comboio de fornecimentos soviéticos para o futuro (ali a horas) agressor. E já que está interessado no tema recordo-lhe que depois da invasão foram os americanos e os ingleses quem nos primeiros tempos forneceu, veículos, tanques, armas e tido o género de munições à URSS. Nem todos os historiadores insistem neste ponto...

2 – Zé Onofre, nova resposta a d’oliveira

A questão não é o tratado germano-soviético.
A questão é quem sempre empurrou a Rússia Soviética para os braços da Alemanha.
A seguir à revolução quem fez a paz com os bolcheviques?
Quem recusou uma união forte, dentro da Liga das Nações, contra a Alemanha?
Nada acontece por acaso.

[…] “Quanto ao governo burguês alemão, (pág. 343) embora odeie também os bolcheviques, foi obrigado, contra os seus próprios desejos, a fazer a paz com a Rússia Soviética. (Lenine, 1918). (Pág.344) […] A assinatura em Rapallo do tratado russo-germânico. O tratado anulava todas as reclamações mútuas; […] Convidava ambos os Governos a «cooperarem com o espírito de mútua compreensão». […] Lloyd Georges receou o desenvolvimento do que denominou «uma amizade terrível entre as duas “nações párias” da Europa. […] As Potências ocidentais, a partir do tratado, perderiam a possibilidade de controlar os acontecimentos na Europa Central e Oriental. […] E não havia dúvidas quanto ao facto de se formar uma frente capitalista unida contra a Rússia. (pág.345) […] Em 1924 […] o regime soviético foi reconhecido de jure (pág.346) […] Só os Estados Unidos dentre as grandes potências se recusaram a reconhecê-lo. […] Mas a Alemanha, conservando-se afastada das potências ocidentais, permitiu […] que o isolamento da Rússia não fosse total. […] Nos finais de 1927 começou a […] política de desarmamento imediato e total. […] Litvinov assinou uma série de pactos de não-agressão. (pág.347) […] Com a Letónia. Lituânia. Estónia, Turquia, […] com a Polónia e a França. Assinou também o pacto de 1928, o qual visava a abolição da guerra como instrumento político. (pág. 348). […] Foi Hitler e não Estaline quem levou à derrocada a política concertada em Rapallo […] com a assinatura do pacto germano-polaco de 1934. […] Em Setembro de 1934 associou-se à Liga das Nações, […] passaram a estar ao lado dos anjos bons. […] Em 1935 […] concluindo pactos de não-agressão, primeiro com a França e mais tarde com a Checoslováquia. […] Em 1934 […] estabelecidas relações diplomáticas formais com (pág.350) os Estados Unidos. […] A posterior subida ao Poder de governos tipo Frente Popular, em França e Espanha, e o reaparecimento geral do comunismo, tornou mais difícil a aproximação destes países com a União Soviética. (351) […] Sempre que a União Soviética propunha uma acção internacional para que fosse detida a agressão, ou uma conferência a nível internacional, como aconteceu depois do Anschluss e após a anexação final da Checoslováquia, os britânicos ignoraram-na simplesmente. […] Estaline receou a crise de Munique (SET.1938) e a política de pacificação dos britânicos, vendo em ambas as coisas uma maneira de encorajar Hitler e de este voltar os seus exércitos contra a Rússia. (pág.352) […] Entretanto a relutância, para não dizer recusa, do Governo britânico em fazer uma aliança com a Rússia tonara-se manifesta. Depois da ocupação de Praga pelos alemães, a proposta soviética em Bucareste foi rejeitada, e a garantia britânica dada à Polónia não previa nenhuma aproximação posterior com o Governo Soviético. […] Já por essa altura o Governo soviético, como disse mais tarde Estaline a Churchill, estava convencido que um mero alinhamento diplomático entre a Inglaterra, a França e a Rússia não seria suficiente para conter Hitler. Este acordo precisava de força. (pág.352) Mais tarde, nos princípios de 1939, Shulemburg […] que era necessário «um esforço considerável […] a fim de obrigar o Governo soviético a ceder» (pág.353) [...] A União Soviética não tinha muita confiança no seu aliado germânico […] Aumentou […] (com) a queda rápida da França. […] Esperara mesmo e baseara a sua política num demorado envolvimento dos alemães longe da fronteira russa, dando […] um lapso de tempo bastante grande para se preparar para a inevitável batalha. (pág.354)."
Em – A formação da Rússia Moderna – por Lionel Kchan, Editora Ulisseia, Lisboa, 1962

Certamente que depois de um tratado assinado, depois da recusa das potências Ocidentais, apenas restava à União Soviética juntar-se à Alemanha, e depois só restava cumpri-lo, sabendo que, mais cedo ou mais tarde, teria os exércitos de Hitler à perna.
O ocidente sempre fez um cerco à Rússia não começou em 1917. Já vem dos séculos anteriores.

Zé Onofre 

 

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