FrAgL - comunicados
Comunicado 13
Eleições legislativas 2025
025/Mai/18
Caro concidadão eleitor
Pedem-nos que no próximo Domingo 18 de maio, depositemos um boletim de voto com a nossa escolha “pessoal, livre e consciente” numa urna.
Concidadão eleitor, este apelo à nossa escolha “livre e consciente”, dá-me vontade de rir.
Dá-me vontade de rir porque todos os dias de todo o ano, de há muitos anos somos bombardeados com mentiras e enganos.
Logo à cabeça, concidadão eleitor, vem aquela, que de tantas vezes repetida nos querem fazer crer que é verdade – em que o secretário Geral do PS e o presidente do PSD (PSD/CDS-AD) e, agora também o presidente do CH, se apresentam, a nós cidadãos eleitores, como candidatos a primeiro-ministro.
Eles sabem, concidadão eleitor, que estão a mentir, a mentir conscientemente com quantos dentes têm. Porque eles sabem que são apenas, e não mais do que isso, candidatos a deputados.
A fazer coro, a esta mentira perigosa, vêm jornalistas, analistas e opinadores que em vez de lhes chamar a atenção para o facto de não haver candidatos a primeiro-ministro lhe perguntam como vais ser “se forem eleitos” para primeiro-ministro
A segunda mentira, caro concidadão eleitor, e tão ou mais grave que a anterior, é dizerem que se não ganharem as eleições (não conseguirem o maior número de deputados) deixarão que, quem tiver o maior grupo parlamentar, governe.
Eles sabem, e já o foi provado uma vez, que para se formar governo não é necessário ter-se o maior número de deputados eleitos. O que é necessário, caro concidadão eleitor, é que o indigitado primeiro ministro tenha o apoio parlamentar de 50% dos deputados eleitos mais um. E qualquer um, tenha o seu grupo parlamentar os deputados que tiver, pode ser indigitado para formar Governo e formará Governo se conseguir a dita, e já referida, maioria parlamentar.
Todavia, caro concidadão eleitor, mais uma vez jornalistas, analistas e opinadores não irão dissipar esta névoa de falsidades, vão comportar-se como megafones desses dirigentes partidários
Com base nestas duas mentiras, apoiadas por jornalistas, analistas e opinadores que pela sua atitude negam o que há de mais sério na sua profissão – o serem o mais imparciais que a sua consciência (parece que a não têm, pois comportam-se assim de eleição para eleição) lho permitir, caro concidadão eleitor, pressionam-nos e fazem chantagem sobre a nossa consciência e liberdade de voto para que votemos nos seus partidos, porque votar em consciência e livremente em quem achamos que devemos escolher é inutilizar votos, porque votos úteis só nos seus partidos.
Caro concidadão eleitor, esta é a maior lavagem cerebral que nos querem fazer.
Porque nós sabemos, caro cidadão eleitor, que não há candidatos a primeiro ministro; porque nós sabemos que não é preciso um partido ter o maior número de deputados, o que eles têm é que negociar uma maioria parlamentar que sustente o Governo.
Portanto, caro concidadão eleitor, no próximo dia 025/Mai/18 vote em consciência.
Se acha que não vale a pena votar, embora, caro concidadão eleitor, isso seja deixar o destino do país nas mãos de outros, fique em casa, não é crime.
Se acha que nenhum partido ou coligação se identifica com o seu desejo de futuro para o país, mostre o seu desacordo votando em branco, ou anule o seu voto, também não é crime, é um cartão vermelho a todos osa partidos e coligações…
Finalmente, caro cidadão eleitor, temos o dever de votar no partido do nosso coração, mesmo que ele consiga apenas uma centena de votos, porque só assim estaremos a votar utilmente.
Votamos utilmente, caro cidadão eleitor, porque das eleições resultará um mapa correcto do pensamento de todos os portugueses,
Aumentar o número de votos num partido, caro concidadão eleitor, porque nos parece esse ser o mal menor, é ajudarmos a formar uma governação irresponsável que se julgará donos da nossa vontade, o que não é verdade.
Apenas lhe demos o nosso voto, caro concidadão eleitor, por que nos mentiram, chantagearam coagiram a não votar “em consciência e livremente”.
Com toda a consideração
FrAgL Frente de Agitação e Luta
(publicado por Zé Onofre)

