Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Notas à Margem

Notas à Margem

25
Jun25

Das eras Parte VII - De regresso aos tempos das sombras e dos sussurros - 16

zé onofre

16, «Ser ou não ser belicista, eis a questão»

 

025/06/ 24

 

Evocação da constituição revista em 2005

 

Artigo 127.º

Posse e juramento

  1. O Presidente eleito toma posse perante a Assembleia da República.
  2. ---
  3. No ato de posse o Presidente da República eleito prestará a seguinte declaração de compromisso:

Juro por minha honra desempenhar fielmente as funções em que fico investido e defender, cumprir e fazer cumprir a Constituição da República Portuguesa.

Artigo 7.º

Relações internacionais

  1. ---.
  2. Portugal preconiza a abolição do imperialismo, do colonialismo e de quaisquer outras formas de agressão, domínio e exploração nas relações entre os povos, bem como o desarmamento geral, simultâneo e controlado, a dissolução dos blocos político-militares e o estabelecimento de um sistema de segurança coletiva, com vista à criação de uma ordem internacional capaz de assegurar a paz e a justiça nas relações entre os povos.

 

Compete ao Governo, no exercício de funções administrativas:

  1. a) ---
  2. b) ---
  3. c) ----
  4. d) ---
  5. e) ---
  6. f) Defender a legalidade democrática;
  7. g) ---

 

***

 

Deveria reagir com estupefação,

Porém seria hipocrisia,

À hesitação do Governo

Em se ceder, ou não ceder deveria

Aos cinco por cento do belicismo

Que corre a Europa como um furacão.

 

Aceitar esta farsa, como normal,

Será somar mais covardia,

À covardia de quem viu sucessivos

Governantes, do arco do poder

Tripudiarem com mansos sorrisos,

Sobre a nossa lei fundamental

Com a muda e surda complacência

De quem jurou de a cumprir e de a fazer cumprir.

 

Disseram-nos desde sempre,

Vê-se agora que era canção de enganar,

Que a OTAN nasceu p’ra fazer frente

À ameaça Soviética e ao comunismo.

Porém, há coisas, que são de engasgar.

Não é que caiu o muro e com ela o socialismo,

A União Soviética foi ao ar

E a OTAN não só não se dissolveu,

Como continuou a crescer e a engordar?

 

Foi a altura adequada,

Para Presidente e Governo de então,

Chamarem os seus patronos,

(Aliados, patronos não)

Esfregar a nossa lei fundamental,

Nos olhos daqueles belicistas.

Mas servis, como é seu natural,

Abanaram os rabos aos seus donos.

 

Hoje, cheio de empáfia,

Mais uma vez o governo faz de conta,

Que vai a Haia para discutir,

Mas já leva a caneta pronta

Para assinar o que o dono decidir.

Assinará de cruz, tanto monta,

Que sejam dois ou cinco,

O dono manda, é para cumprir.

    Zé Onofre

Mais sobre mim

foto do autor

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Arquivo

  1. 2025
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2024
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2023
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
Em destaque no SAPO Blogs
pub