Das eras Parte VII - De regresso aos tempos das sombras e dos sussurros - 18
18
025/07/08
Para todos aqueles que quase tocaram o futuro e o viram
«sem mais nem menos
Que um dia selei a 125 azul.
Foi sem mais nem menos,
Que me deu para arrancar sem destino»
(com a devida vénia aos Trovante).
*
Não sei se os caminhos foram cruzados,
Se trocados foram os caminhos,
Ou caminhos enrodilhados
Na roda dos tempos.
Não sei de onde e que névoa se levantou,
Se vinda nos ventos do passado,
Se nos caminhos presentes se levantou,
Para não vermos o futuro a ser roubado.
Adivinhava-se através da clara madrugada,
Uns dias entre todos tão deslumbráveis,
Com problemas inovadores, não os da noite passada,
Que apenas em caminhos novos são espectáveis.
De repente, por artes desconhecidas
Convencidos que seguíamos rumo seguro
Deparamos com as mesmas dores sofridas,
Esbarramos com o passado e não com o futuro.
Caminhar outra vez nos subterrâneos apetece,
Minar nos sussurros e nas sombras a prisão
Do pensamento que de manso cresce,
Sussurrar como quem grita - Outra vez, Não.
Zé Onofre