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Notas à Margem

Notas à Margem

04
Fev25

Relevantar Spartakus - 80 - canção XXXIII

zé onofre

80, Canção XXXII

 

025/02/03

 

Ei, ó jovem, não estás só.

Olh’em volta, somos teus irmãos.

Vem lutar, de ti não tenhas mais dó,

Ganha coragem, dá-nos as mãos.

 

Ó jovem, a solidão

É uma maneira de fugir

À procura de um mundo irmão,

Vem n esta rusga deixa-te ir

 

Apenas em união,

Ganharemos gás

Para retomar a revolução

Construir um futuro de paz.

 

Não serás só mais

Um na luta contra a exploração.

Não tenhas medo que não cais,

Não te abandonaremos, não

 

Agora, que sabes não estar só,

Caminharemos de mão na mão

De quem nos mata não haverá dó

Esta é a decisão.

 

É a hora, é.

Não pares a vitória está lá,

E lá chegaremos em pé

Que é ali já.

 

Não procures fora, a força está

Em ti, em ti, em ti, em ti.

Crê qu’em ti ela está.

Acredita, nunca te menti.

 

Tens de confiar em nós.

Juntos seremos invencíveis

 

 

Vencê-los-emos unidos, nunca sós.

Enche o peito seremos invencíveis.

 

Tem fé, unidos seremos invencíveis

Tem fé, unidos seremos invencíveis

Tem fé, unidos seremos invencíveis

Tem fé, unidos seremos invencíveis.

    Zé Onofre

28
Jan25

Das Eras Parte VII - 6

zé onofre

              6

 

024/01/28

 

Mark Rutte, secretário-geral da NATO: “Quando se observa o que os países gastam em pensões, no sistema de segurança social e na saúde, basta uma fração desse gasto para garantir que o orçamento de defesa atinja um nível que sustente os nossos retornos a longo prazo”.

Paz (dicionário ilustrado da Língua Portuguesa, Fernandes, Fernando. - Círculo de Leitores, Lisboa, 1984. Pág.1356, vol. III) s. f. Situação de um país que não está em guerra; cessação das hostilidades; tranquilidade pública; serenidade; sossego; descanso; silêncio.

Paz (Dicionário, etimológico, da Língua Portuguesa, Machado, José Pedro. - 2ª edição. - Livros Horizonte, Lisboa, 1967, pág.1778, vol. III) s. Do lat. pace-, «paz (depois da guerra).

Paz (Grande dicionário HOUAISS da Língua Portuguesa, Houaiss, Antônio, 1ª edição. - Círculo de Leitores, Lisboa, 2015. Pág. 2948, vol. V). s.f. Relação entre pessoas, nações etc que não estão em conflito; concórdia.

Paz (Grande dicionário da Língua Portuguesa, Machado, José Pedro. - Sociedade da Língua Portuguesa, Lisboa, 1991. Pág.603, Vol. IV) – União, concórdia, amizade.

 

As palavras,

Como são incertas,

As palavras.

Quem as vê perfiladas nos dicionários

Sérias,

Hirtas,

Sem sorrisos, nem choros,

Sem mágoas, nem tristezas,

Neutras, monocórdicas

Até acreditamos nelas.

 

«Mas»,

(Dizem que há sempre um)

A confusão começa

Quando sacadas do seu habitat natural,

Os dicionários,

Onde descansam das torcedelas

Que quem as usa lhes dá.

Para que sirvam interesses,

Os mais obtusos.

 

Há, porém, uma

(não é que não haja mais)

Que deveria ser sagrada,

De sentido monolítico,

Que não deveria ser moldada,

E essa é Paz.

 

Essa uma,

É tratada como uma vadia,

Prostituída

Nas esquinas da cidade

Onde habitam

Os Senhores deste Mundo.

 

Das varandas do Vaticano,

Um homem de branco vestido

Olha a multidão a seus pés

E pede ao seu “Infinito”

Paz

 

Lá, no outro lado junto ao Atlântico,

Num edifício de uma cidade,

Um homem impotente,

Invoca, do alto da sua fragilidade,

Paz para o Mundo.

 

Em vários locais deste planeta,

Da mais remota ilha

Aos continentes,

Do mais desconhecido lugarejo

À maior e mais poderosa Metrópole,

Pessoas reunidas

Em assembleias,

Congressos,

Seminários

Terminam lendo um papelote luxuoso

Onde clamam Paz.

 

A gente

Para, escuta e ouve

O que nesta nossa cansada Terra

Se ouve mais alto.

Não é o vagido de um bebé,

Não é o rolar de dois corpos que se amam,

Não são os beijos dos namorados,

Não é o beijo terno dos pais aos filhos,

Não é o zumbir de uma abelha,

Não é o cantar dorido do rouxinol,

Não é a aragem fresca da manhã,

Não é o bater das ondas nas rochas,

Não é o som dos vendavais,

Não é o estrondo dos trovões,

Não é o roncar dos vulcões,

O que mais alto soa,

Continuamente sem intervalo,

É o som da metralha,

A voz da morte.

 

A gente

Para, olha e vê

O que nesta nossa cansada Terra

Brilha mais forte.

Não é a luz dos pirilampos,

Não é a luz da lamparina,

Não é a luz da rua,

Não é a luz que ilumina a estátua da Paz,

Não é a luz que varre o chão das prisões,

Não é a luz de um farol,

Não é a luz do relâmpago em noite de tempestade,

É a luz da morte, que a metralha produz,

Que ilumina riachos de sangue,

Que regam desertos, campos e montes.

 

Por detrás dessa tempestade,

De sons e luzes

Que a morte espalha,

Estão as mesmas pessoas

Que em assembleias,

Congressos,

Seminários,

Apelavam, Paz.

 

Interrogamo-nos.

Onde essa Paz que não vem?

Ou será que veio

E não a reconhecemos como Paz?

Será que a Paz daquelas figuronas

Reunidas em assembleias,

Congressos e seminários

Que no fim clamam Paz.

É a paz

Como se diz nos dicionários

“País que não está em guerra”,

“Paz (depois da guerra)”,

“Concórdia”,

“União”.

 

Paz,

Um estado de compreensão,

De humanidade igual

De partilha,

De respeito,

Na saúde e na doença,

Até à morte natural.

Esta á a Paz dos pequeninos

Que nunca saíram,

Ou não quiseram sair,

Do estado pueril da inocência.

 

A outra Paz,

Que se faz preparando a Guerra,

Sacrificando a saúde e a segurança social,

É a Paz dos Imperialistas Capitalistas.

Paz, para eles,

É o estado em que eles ditam as regras,

Decidem como se devem organizar os Estados.

 

O problema é que entre os Imperialistas,

Embora o objectivo seja o mesmo,

É que ambos querem ser os Imperadores,

E dizem-se uns aos outros,

Com facas nos dentes,

O império, sou eu.

 

Coitados dos Povos

Que por azar

Se encontram no caminho  

Dos imperialistas,

Ambiciosos de serem Senhores do Mundo.

 

Coitados dos que no meio desta sanha guerreira,

Que faz chover sangue e corpos,

Por montes e vales,

Planícies e desertos,

Rios, lagoas e areais,

Ousam manter a luz acesa

Enviar canções de esperança

No vento que passa.

Que é possível viver

Sem esta maldita desgraça.

Estes são os piores inimigos,

Maldita gente de ruim raça,

Inimigos da Civilização,

Serão para sempre amaldiçoados,

Não terão refúgio, nem quartel,

Todos serão crucificados.

   Zé Onofre

27
Jan25

Das Eras Parte VI - 5

zé onofre

              5

 

025/01/25

  

António Mendonça. "Discurso sobre bem-estar, clima, equidade social, é um bocado lírico", "se queremos paz, temos de nos preparar para a guerra"

 

Para o Capitalismo, Paz

É uma palavra mui banal,

Que apenas sentido lhe faz

Se em defesa do Capital.

 

Para o Capitalismo, Paz

Não é viver-se independente,

Livre de ir onde nos apraz,

É ser-se do Capital servente.

 

A Paz é uma palavra vã,

Diz o Capitalismo, se quer

Cada um marcar seu amanhã

E rejeitar o que eu lhe der.

 

Paz, um tempo fugaz que consiste,

Diz o Capitalismo, no poder

Que tenho de julgar quem resiste

Como inimigo a abater.

 

Como tudo que se faz na Terra

Precisa de uma explicação,

“Se queres paz, prepara a guerra”,

Repete sempre até mais não.

 

Esta Paz do Imperialismo,

Não é uma Paz Universal,

É apenas um maquinismo

P´ra ter no poder o Capital.

 

 “Se queres a paz, prepara a guerra” 

Repete o Capital insistente,

Não para que haja Paz na Terra

Antes um conflito permanente.

 Zé Onofre

04
Jan25

Dias de hoje - 23

zé onofre

               23

 

025/01/04

 

Que te aconteceu geração,

Que iluminavas o futuro

Que irrompia à minha frente?

 

Que fizeste das belas flores

Cujo aroma

Exalava liberdade pelas ruas?

 

Que fizeste do belo sonho

De uma sociedade livre

Onde seria proibido proibir?

 

Que fizeste da esperança

Do colorido futuro

Onde se fazia Amor e não Guerra?

 

Ó geração que me precedeste,

Em que esquina da vida

Te deram a provar “o leite e o mel”?

 

Interrogo-te, porque hoje vi

O que nunca quereria ter visto,

Num jovem de hoje.

 

Não quis acreditar

Que aquele jovem

Consciente, ou inconscientemente,

 

Vestia uma camiseta,

Onde o sonho estampado era

«Faz dinheiro, não amigos».

 

Geração que me precedeste,

Ó minha geração,

Em que canto ou esquina nos perdemos?

 

Geração que me precedeste,

Ó minha geração,

Com que cantos de sereia adormecemos?

   Zé Onofre

05
Jul24

(Re)Levantar - FAL - Comunicado 8

zé onofre

Comunicado 8 – Sobre a guerra na Ucrânia

024/06/30

Há certas coisas que não entendo,

Que de certo não são para entender.

Noventa e nove nações num evento

Para discutirem a paz como deve ser.

 

Ora, o convocador da dita conferência,

Para creditar a sua chamada pela Paz

Exibiu a sua grande experiência

Em terminar guerras que no mundo faz.

 

Também, para legitimar a Assembleia,

Fez questão de se mostrar o Presidente,

Para quem não tivesse a menor ideia,

Da Nação que mais armas vende.

 

Convocou, retamente, todas as Nações

Para discutirem a Paz naquela Terra.

Ou por acaso, ou por omissas razões,

Não chamou quem, diz, iniciou a guerra.

 

No final da conferência, tão sapiente,

Os dirigentes reunidos pela paz desejada

Chegaram à conclusão, assaz inteligente

– Mandemos mais armas para a guerra ateada.

 

Depois de chegarem, a tão altas conclusões,

Elaboraram, pensam alguns, uma ata final.

Mas para desgosto das bajuladoras nações

As mais atentas, não lhe deram o seu aval.

 

Amigos e de luta companheiros, saibamos

Ler os sinais. Ficar quietos e calados

É sermos, queiramos ou não queiramos,

De todos os belicistas aliados.

 

FAL – Frente de Agitação e Luta

02
Jun24

(Re)Levantar - 4

zé onofre

  Eis mais um comunicado que circula aqui e pelas aldeias vizinhas            

A PAZ NA EUROPA ENTRE 1945 e 1991

Vamos constactar factos e não juízos de Valor.

 

Problemas económicos e fronteiriços

 

I – A – Na Europa Ocidental

  • Em 1944, ainda durante a Guerra, Bélgica, Netherlands (Holanda) e Luxemburgo assinam entre si um acordo que acaba com as barreiras aduaneiras – Benelux.
  • Robert Schumann, para contornar as rivalidade Franco-Alemãs sobre o Sarre propõe em Paris – 1950 – a criação da CECA – Comunidade Europeia do Carvão e do Aço que reuniria o Benelux, a França, a Alemanha Federal e a Itália.
  • Em 1957 os mesmos países criam o Mercado Comum – CEE, Comunidade Económica Europeia.
  • Os países ocidentais que não pertenciam à CEE unem-se na EFTA – Tratado Europeu de Comércio Livre
  • Seguem-se alargamentos da CEE – Irlanda, Reino Unido e Dinamarca. A seguir a Grécia. Depois Portugal e Espanha. Finalmente aderem os restantes países que pertenciam à EFTA, dissolvendo-se esta.

B – Os países da Europa Oriental unem-se no COMECON.

 

II – Defesa Europeia

     

     A – Na Europa Ocidental

  • Em 1949 alguns países da Europa Ocidental, os EUAN e o Canadá formam a OTAN.

B – Na Europa Oriental

  • Em 1954 a URSS solicita a adesão à OTAN para a criação de uma força comum para toda a Europa.
  • Os países da OTAM recusam.
  • A URSS e os países da Europa Oriental criam o Pacto de Varsóvia e depois o Muro de Berlim em 1961.

 

III – Alterações políticas na Europa até 1991

     

    A – Na Europa Ocidental

1 – Todas as Instituições criadas estão funcionais.

B – Na Europa Oriental.

1 – 1989 é derrubado o Muro de Berlim.

2 – 1991 a URSS colapsa.

3 – O Comecon e o Pacto de Varsóvia são dissolvidos.

 

IV – Guerra

Em 1991 tem início a Guerra na Federação Jugoslava.

 

VI – Pergunta com resposta conclusiva.

Em face a estes factos e as suas respectivas datas respondam sem preconceitos – Que é que ajudou a manter a Paz na Europa entre 1945 e 1991?

 

FAL – Frente de Agitação e Luta                                         Comunicado 5

22
Mar24

Dia de hoje - 101

zé onofre

              101

 

024/03/21 

 

Apelo a todos quantos lançam barcos de palavras neste charco, que hoje excecionalmente, parem esta minha jangada de palavras desconjuntadas.

 

[Silêncio que se vai lançar a Jangada]

 

Hoje é o dia de todos nós,

Que de santo,

De poeta,

E de louco

Todos temos um pouco.

Hoje é dia

De pôr a navegar

Todas as fantasias,

Todas as miragens,

Todas as magias

Que nos ocorrem,

Neste e em outros dias,

Porém só neste ousamos trazê-las,

À luz de todos os olhares.

 

Hoje tive uma revelação,

Tão clara, tão límpida,

Tão liberta de cinza

Que ensombrece o nosso

Viver

Que, só pela sua simplicidade,

Se tornou difícil de nos ocorrer.

 

Hoje tive uma revelação

Que me ordena

Que a anuncie

(Pois hoje é o dia

Em que de santo,

De poeta,

E de louco

Todos temos um pouco)

À cidade e ao Mundo,

A todos de boa, ou má vontade,

Que o futuro mora

Sob um pendão

Branco

Com três letras bordadas.

Um U, tinto de sangue,

Que grita União;

Um B, luminoso sol dourado,

Que acrescenta Bandeira;

E ainda um outro B, azul sereno,

Que termina com a palavra Branca.

 

É com este sinal UBB

Que venceremos

A Guerra, conquistaremos a Paz,

Que apenas exige, a quem a ela se abrigar,

Uma condição apenas,

Desmilitarizar.

  Zé Onofre

02
Jan24

Comentários - 327

zé onofre

                  328 

 

023/11/10

 

Sobre E se..., Mafalda Carmona, 10 NOV 23 em  https://cotoviaecompanhia.blogs.sapo.pt/

Uma fotografia

Confunde o meu olhar

E traz-me memórias antigas.

 

Um manto de neve

Cobre um campo semeado de montículos.

 

Penedos semeados ao acaso

Por velhos glaciares.

Montes de escória

De mina abandonada.

Velhos dolmens

Testemunhas do início do divórcio

Entre o Homem e a Natureza.

Esqueletos amontoados,

Abandonados ao tempo

No final de batalhas ferozes

Pela posse de bagatelas

Que ficarão para trás

Depois de todos vencidos.

Sejam vencidos mortos,

Ou vencidos vivos.

Brandissem a bandeira dos bons,

Ou a bandeira dos maus.

Não, são todos maus,

Os bons não fazem guerras,

Conservam a paz.

 

Lá, mais longe,

No fim deste campo de neve,

Rochas vulcânicas.

Terras lavradas

Por arados de morte

Que amassaram o solo

Com sangue

Inutilmente derramado.

 

Talvez nada.

Talvez tudo.

 

Visões

Que o pensamento,

Em turbilhão,

Cria.

   Zé Onofre

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