Que viva Spartakus - 43
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023/11/23
É como um escorpião,
O capitalismo financeiro.
Todo o trabalhador
É um sapo nada matreiro.
É como um rio de cifrões,
A economia que de nós se alimenta.
Umas vezes é fio sereno,
Outras vezes é massa violenta,
Provocada pelo escorpião insatisfeito
Que agita com ambição a corrente.
Atira-se, então, às costas do sapo.
Este humilhado leva-o em frente.
Quando a corrente acalma
O escorpião, seguro na margem,
Espeta, como é de sua natureza,
O ferrão a quem o levou por bem.
O sapo, desmemoriado e crédulo
Entorpecido por veneno e traição,
Na próxima tormenta já esquecido
Carregará de novo o escorpião.
Até quando sapo/trabalhador
Continuarás a ser bom menino
E a morrer à picada do escorpião
Como se fosse esse o teu destino?
